Terceiro maior município do Estado em extensão territorial, Sousa (na região do Alto Sertão paraibano, a 472 quilômetros da Capital do estado) está à beira de um colapso total no abastecimento de água para consumo humano. Com 66 mil habitantes, o município tem uma área de pouco mais de 842,4 quilômetros quadrados e o seu principal manancial, o açude de São Gonçalo está com apenas 29,7% de sua capacidade total de armazenamento de água.
O açude tem capacidade para armazenar mais de 44,6 milhões de metros cúbicos. Segundo a Aesa, na terça-feira (03), dispunha de pouco mais de 13,2 milhões de metros cúbicos. O que preocupa é que essa marca, cada vez mais, vem caindo.
Desde março o abastecimento na cidade sofre racionamento e até a semana passada todos os bairros estavam passando por rodízio para ter água nas torneiras das casas. A água do manancial é captada e tratada pela Companhia de Água e Esgoto da Paraíba e distribuída pelo Departamento de Água, Esgotos e Saneamento Ambiental – (Daesa).
Nesta quinta-feira (05), em solenidade no Palácio da Redenção, em seu discurso o governador Ricardo Coutinho fez uma alerta sobre o “risco iminente de Sousa entrar em colapso total” e a população ficar sem água para o consumo humano.
De acordo com a superintendente da Aesa, Margela Elias, o fornecimento em Sousa foi normalizado, apenas, devido a um problema no registro da cidade o que comprometeu por três dias o abastecimento quase por completo em todo município. Ainda segundo ela, o sistema de rodízio deve ser retomado já na próxima semana.
“Estamos fazendo o estudo para um novo sistema de rodízio que já deve ser implantado na próxima semana. Antes a cidade estava dividida em dois blocos. Quando um tinha água o outro ficava sem e vice-e-versa”, afirmou.
A superintendente apresentou uma perspectiva preocupante. Caso não chova e ações efetivas não resolvam o problema da falta de água, os moradores podem ficar sem água para beber em fevereiro do próximo ano.
Nos dias em que toda região ficou com o fornecimento interrompido, os moradores enfrentaram enormes filas. Muitas pessoas precisaram pedir ajuda a vizinhos que possuem poços artesianos.
Nesta quinta-feira o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, estava presente à solenidade realizada no Palácio da Redenção Ele ouviu o pedido do governador para que levasse esse recado à presidente Dilma Rousseff (PT).
O deputado estadual Lindolfo Pires, que ocupa a Casa Civil do Estado e é de Sousa, informou que o perímetro irrigado de São Gonçalo é a área mais prejudicada pela estiagem.
fonte:portalcorreio
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