terça-feira, 10 de setembro de 2013

Massagista que evitou gol diz estar recebendo ameaças de morte

Segundo Romildo Fonseca, o "Esquerdinha", ligações anônimas foram feitas para sua casa. Técnico da Aparecidense também teria sido ameaçado


Virou caso de polícia. Dois dias após protagonizar uma das cenas mais polêmicas dos últimos tempos no futebol brasileiro, o massagista da Aparecidense, Romildo Fonseca, o “Esquerdinha”, afirmou nesta segunda-feira que tem recebido ameaças de morte. No último sábado, Esquerdinha evitou o terceiro gol do Tupi-MG em partida válida pelas oitavas de final da Série D. A vitória classificaria o time mineiro e eliminaria a equipe goiana, que acabou beneficiada pelo resultado de 2 a 2, com colaboração decisiva do massagista.


Após invadir o campo e interferir diretamente no andamento da partida, Esquerdinha precisou ir correndo ao vestiário para não ser agredido, já que a revolta tomou conta do Estádio Municipal de Juiz de Fora. A delegação da Aparecidense ficou presa no local por mais de três horas até ter segurança mínima para deixar o local. Segundo o massagista, várias ameaças anônimas têm sido feitas por telefone.

- Estão ligando lá em casa e ameaçando minha família. Falaram que eu não vou sair vivo dessa. Estão ameaçando meus filhos também. Minha mulher e meus filhos me ligam chorando direto, preocupados com minha vida – afirma Esquerdinha.

O técnico Karmino Colombini também diz que foi ameaçado. Os dois prometem registrar o caso na polícia.

- Me ligaram falando que sabiam que eu era o treinador e que não iriam poupar ninguém – afirma Karmino.


Ainda “preso” no vestiário após evitar o terceiro gol do Tupi-MG, Esquerdinha afirmou que não se arrependia do ato por causa do amor que sentia pela Aparecidense. O massagista temia pela eliminação do clube no Campeonato Brasileiro e também pela perda do emprego, já que a Aparecidense voltaria a campo somente no Estadual, em janeiro. Porém, diante da grande repercussão do caso e de maior reflexão, Esquerdinha muda o seu pensamento.

Estou muito arrependido, não deveria ter invadido o campo. Foi um ato impensado, eu não faria de novo.

Embora tenha se classificado com o empate por 2 a 2, a Aparecidense ainda tem futuro incerto na Série D. Nesta segunda-feira, em entrevista ao programa “Arena SporTV”, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Sveiter, revelou que o caso deve ser julgado até a próxima semana. Segundo Sveiter, a procuradoria já se manifestou no sentido de anular a partida. Neste caso, Aparecidense e Tupi-MG se enfrentariam de novo em Juiz de Fora. No jogo de ida, em Aparecida de Goiânia, o placar foi 1 a 1.
fonte:globoesporte

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