segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Bolsa Família transforma vidas no campo e cria os “pais heróis”

O ressentimento ficou no passado. O homem do campo construiu uma vida de orgulho, mas que só agora pode colher os frutos que sempre plantou, garantindo um novo sentimento de dignidade. 


“Cana eu não quero mais nunca, eu gosto de coisa que come. E minha vontade é de só ir crescendo”, conta Jaime Fagundes, de 68 anos, que deixou de lado o uso das foices nos canaviais, em Bebedouro, interior de São Paulo, para se dedicar a uma produção própria e, com isso, à construção de uma vida mais digna para ele, filhos e netos. 

A mudança na vida de Jaime e de mais 263,5 mil agricultores familiares, espalhados pelo país, só se tornou realidade, com o apoio de uma rede de cobertura que começou com o benefício do Bolsa Família. 

E as conquistas sociais se seguiram com as políticas públicas de inclusão produtiva rural, que tem seu maior alcance na cobertura do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) e de toda rede de fomento à produção. 

A evolução é maior, na opinião desses agricultores, quando se percebe que o orgulho pela vida no campo contagiou todo o núcleo familiar. Foi assim que surgiu a figura do pai herói. 

“Vejo o meu pai como um herói, como um homem vencedor!”, enaltece Leila Santos, filha de Jaime, que cresceu nesse ambiente de pouco horizonte, “sofrido”, como descreve o ex-cortador de cana. “Eu trabalhava para usineiro. O que eu ganhava de dia, não dava nem para comer à noite e, como eu fui ficando mais velho, a doença foi chegando. Aí, eu falei: agora eu estou num mato sem cachorro”, diz ele, para contar em seguida, como foi sua última mudança. “Surgiu esse assentamento. Juntei os trapo e a família”. 

O Bolsa Família garantiu a renda mínima para que Jaime Fagundes tomasse a decisão. Porque ele sabia que começaria tudo de novo, um novo ciclo em sua vida. “Eu só tinha uma enxada e um enxadão. Começamos a plantar. Aí, as coisas já foram melhorando. Eu peguei um financiamento, o Pronaf; comprei uma irrigaçãozinha pra começar com a horta; comprei esse gotejamento. Comecei a tocar o serviço: plantava arroz, feijão, milho, quando já tinha o tratorzinho.” 

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, tem debatido o Bolsa Família em todo o país, com foco em como o programa alavancou a vida de uma parcela da nossa população que sempre viveu à margem das políticas públicas. Ela comprova essa evolução com números. Alguns deles atestam a reação do agricultor familiar, dos extrativistas e de diversas áreas produtivas cercadas pela vulnerabilidade social. 

A ministra ressalta que 75% das pessoas atendidas pelo programa trabalham e que a maioria gasta o benefício com alimentação, roupas e despesas para melhorar a qualidade de vida da família. Isso comprova que a sensação de bem-estar de Jaime Fagundes e de sua filha é uma nova realidade, também disseminada pelo público atendido pelo programa. Do total de agricultores familiares que recebem o Bolsa Família, 145 mil fornecem produtos ao PAA e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). 

fonte:ttp://bolsafamilia10anos.mds.gov.br

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